
O Batismo infantil é a aspersão ou imersão de criancinhas com o propósito de dar-lhes benção espiritual de algum tipo. Embora seu propósito exato difira de grupo para grupo, quase sempre ele implica em que a criança então receba a salvação, em certo sentido.
QUEM PRATICA O BATISMO INFANTIL?
O Batismo infantil é praticado pela Igreja Católica Romana, pelos vários grupos que representam a Igreja Ortodoxa Oriental, assim como por muitas denominações que saíram de Roma durante a Reforma Protestante, incluindo as denominações Luterana, Anglicana, Presbiteriana e Metodista.
IGREJA CATÓLICA ROMANA: “Pelo Batismo, todos os pecados são perdoados, o pecado original e os pecados pessoais, assim como toda a punição pelo pecado…A Igreja não conhece outros meios que não o Batismo para garantir a entrada na beatitude eterna. Por isso, ela procura não negligenciar a missão que recebeu do Senhor para garantir que todos que sejam batizados sejam ‘renascidos na água e no Espírito.’ Deus ligou a salvação ao sacramento do Batismo… O Batismo não apenas purifica de todos os pecados, mas também torna o neófito ‘uma nova criatura’, um filho adotivo de Deus que se tornou ‘participante da natureza divina’, membro de Cristo e co-herdeiro com Ele e um templo do Espírito Santo… Das fontes do Batismo nasce o único Povo de Deus da Nova Aliança” (O Novo Catecismo Católico, 1994,# 1263,1257,1265,1267).
IGREJA ORTODOXA ORIENTAL: “Confessamos um batismo para a remissão dos pecados”. (Credo Constantinopolitano [ou de Nicenas], 381). “Nossos sacramentos, no entanto, não apenas contém graça, mas também a conferem àqueles que os recebem de maneira válida… Através do batismo somos espiritualmente renascidos” (Conselho de Florença, 1438-45). “Quando alguém afirma sua fé no Filho de Deus, o Filho da Sempre Virgem Maria, a Mãe de Deus, ele aceita antes de tudo as palavras da fé em seu coração, confessa-as oralmente, sinceramente se arrepende dos seus pecados anteriores e os lava no sacramento do Batismo. Então Deus o Verbo entra no batizado, como no útero da Virgem Bendita, e nele permanece como uma semente” (O Jornal do Patriarcado de Moscou, Igreja Ortodoxa Russa, nº 4, 1980). “Os sacramentos…não são simples símbolos da graça divina, mas verdadeiros agentes e meios de sua transmissão… [através do batismo se] torna um membro da igreja de Cristo, ficando liberto do poder controlador do pecado, e renascendo como nova criatura em Cristo”(Comissão Internacional do Diálogo Teológico entre Ortodoxos Orientais e Católicos Tradicionais, 1985).
LUTERANOS: “o Batismo realize o perdão dos pecados, livra da morte e do diabo, e garante a salvação eternal para todos os que crêem, como declara a Palavra e a promessa de Deus…Não é a água que produz esses efeitos, mas a Palavra de Deus ligada à água e nossa fé que confia na Palavra de Deus ligada à água” (Pequeno Catecismo de Lutero, 1529, IV). “É ensinado entre nós que o Batismo é necessário e que a graça é oferecida através dele. As crianças também deveriam ser batizadas, pois no Batismo elas se comprometem com Deus e se tornam aceitáveis para Ele. Considerando isso, os Anabatistas, os quais ensinam que o Batismo infantil não é correto, são rejeitados” (A Confissão de Augsburg, 1530, IX).“Sendo pecadores por natureza, as crianças, assim como os adultos, precisam ser batizadas. Cada criança que é batizada é gerada novamente pela água e pelo Espírito, é colocada em relação de aliança com Deus, e se torna filha de Deus e herdeira de seu reino celestial”(Fórmula do Batismo usada pelos pastores Luteranos ao batizarem crianças – The New Analytical Bible and Dictionary of the Bible, Chicago: John A. Dickson Publishing Co., 1973).
O edição de agosto de 2001 de “The Berean Call” contém a seguinte advertência de um leitor da publicação: “Em anexo meu Certificado de Batismo e o Certificado de Batismo da minha filha, ambos [batismos tendo ocorrido] enquanto [éramos] bebês, na Igreja Luterana. Como você pode ver, meu certificado foi impresso pela Casa Editorial Concórdia do Sínodo de Missouri e se nele se lê: ‘No Batismo a completa salvação lhe foi dada; Deus se tornou seu Pai e você se tornou Seu filho’. No certificado de minha filha se lê: ‘Você é uma filha de Deus porque Deus tornou-a filha d’Ele através deste ato [Nota de Hélio: o ato de batismo]. Todas as promessas de Deus lhe pertencem enquanto você viver submissa a Ele e Seu Reino.’ Você deve saber que o Catecismo Luterano, usado em cada sínodo Luterano, declara, a respeito do ‘Sacramento do Batismo‘, que ‘ele opera perdão dos pecados, livra da morte e do diabo, e dá eterna salvação a todos que acreditam nisso, como declaram as palavras e promessas de Deus.’ Também afirma a respeito do Sacramento do Altar [Ceia do Senhor], que ‘no Sacramento, o perdão dos pecados, a vida e a salvação, nos são dados através dessas palavras.”
ANGLICANOS: “O Batismo é um sinal da Regeneração ou Novo-Nascimento, onde, por meio de um instrumento [o batismo], aquelas pessoas que corretamente recebem o Batismo são [por isso] enxertados dentro da Igreja; as promessas de perdão dos pecados e de nossa adoção como filhos de Deus pelo Espírito Santo são visivelmente assinadas e seladas; … por todos os modos, o batismo de bebezinhos tem que ser mantido pela Igreja, como a mais agradável das instituições de Cristo” (Os Trinta e Nove Artigos de Religião, XXV, XXVII).
METODISTAS: “Sacramentos são… sinais da graça… pelos quais Ele opera invisivelmente em nós e não só vivifica, mas também fortalece e confirma nossa fé n’Ele…Batismo…é também um sinal de regeneração ou de novo nascimento. O batismo de criancinhas deve ser mantido pela Igreja.” (Os Artigos de Religião, 1784, XVI, XVII).
REFORMADOS: “Condenamos os Anabatistas que negam que crianças novas, nascidas de pais crêem, devam ser batizadas… Portanto não somos Anabatistas, nem concordamos com eles em quaisquer dos seus pontos” (A Segunda Confissão Helvética, 1566, cap. XX).
PRESBITERIANOS: “Batismo… é o sinal e selo da aliança da graça, de sua introdução a Cristo, da regeneração, de remissão dos pecados… Mergulhar a pessoa em água não é necessário, mas o batismo é diretamente ministrado aspergindo água sobre a pessoa. Não apenas os que realmente professam a fé e obedecem a Cristo, mas também as crianças de um ou ambos os pais crentes, devem ser batizadas… pelo correto uso desta ordenança, a graça prometida não é apenas oferecida, mas realmente exibida e conferida pelo Espírito Santo a ela (adultos ou crianças) como a graça pertence a elas, conforme o conselho da própria vontade de Deus, no seu tempo indicado” (A Confissão de Fé de Westminster, 1646, XXVIII).
CONCÍLIO MUNDIAL DE IGREJAS: “através do Batismo, os cristãos são trazidos à união com Cristo, entre si, e com a Igreja de cada tempo e lugar. Nosso batismo comum, que nos une a Cristo na fé, é assim um elo básico de unidade” (Batismo, Eucaristia e Ministério, 1982).
O ERRO DO BATISMO INFANTIL
1. O Batismo infantil não é ensinado no Novo Testamento.Não há nem sequem um só claro exemplo, nas Escrituras do Novo Testamento, de uma criança sendo batizada. Para se encontrar evidências para essa prática, deve-se ler tentando inserir dentro das Escrituras algo que nela jamais aparece.
”Para alguns, o batismo infantil é uma doutrina por implicação. Faz-se a implicação de que, em cinco lares no NT que foram visitados pela salvação, deve ter havido criancinhas. Esses foram os lares de Cornélio (Atos 10), de Lídia (Atos 16), do carcereiro Filipense (Atos 16), de Crispo (Atos 18) e de Estefânio (I Cor 1:16)” (A Igreja de Deus: Um Simpósio).
O caso de Cornélio: “afirma-se no verso 24 de Atos 10 que os que estavam reunidos com ele na casa eram seus parentes e amigos próximos. Depois, no verso 33, Cornélio diz [a Pedro] ‘…estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado.’ No verso 44 o Espírito Santo veio sobre todos que ouvem a Palavra. Sabemos, por outras Escrituras, que, no NT, o Espírito Santo opera dessa forma somente sobre os que creram. Os que estavam reunidos eram capazes de ouvir [entendendo] os comandos de Deus de modo a crerem e obedecerem” (Ibid.). Afirma-se especificamente, em Atos 11:17, que os que foram salvos e batizados com Cornélio foram os que “creram no Senhor Jesus Cristo”. Obviamente eles não eram bebezinhos.
Lídia e sua família (Atos 16: 14-15): Nada é dito sobre crianças nessa passagem e é altamente improvável que essa mulher comerciante tão ocupada teria bebês. Não há nenhuma evidência [sólida], aqui sobre qualquer prática de batismo infantil.
O carcereiro Filipense e sua família (Atos 16: 30-34): Essa passagem diz claramente que Paulo falou a Palavra de Deus para toda a família (v.32) e que toda a família creu (vs.32-33). Isto não poderia ter sido dito a respeito de criancinhas.
A família de Crispo (Atos 18:8): Os que foram salvos e batizados em sua família eram todos crentes, pois lemos: ““E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa …” (At 18:8). Nós não lemos sobre a idade dos membros da família de Crispo, mas lemos que cada um deles creu no Senhor. Obviamente eles não eram criancinhas.
A família de Estefânio (I Cor 1:16). Novamente, nada é realmente dito sobre criancinhas presentes ou batizadas. Em I Cor 16:15 lemos que os familiares “dedicaram a si mesmos para o servir aos santos”. Isto não poderia ser dito sobre criancinhas.
15 E rogo-vos, ó irmãos (tendes conhecido a família de Estéfanas, que é as primícias de Acaia, e que dedicaram a si mesmos para o servir aos santos), (Tradução Literal do Texto Tradicional)
“Ninguém tem o direito de inserir o que é omitido nas Escrituras, somente para subjetivamente [por mero exercício de imaginação, “wishfull thinking”, raciocínio forçado que fantasia para alcançar seus propósitos] dar forças a uma suposta doutrina, e ignorar o claro ensino de muitas outras partes da Palavra de Deus” (Ibid.).
2. O Batismo infantil é contrário ao ensino do Novo Testamento sobre o batismo.
O batismo infantil usa um modo errado: aspersão, ao invés de imersão. O Batismo infantil usa a errado pessoa sendo batizada: bebezinhos sem a capacidade de crer e nascer de novo. O batismo infantil tem o propósito errado: impor salvação ou bênçãos espirituais.
O batismo infantil usa um modo errado: aspersão, ao invés de imersão. O Batismo infantil usa a errado pessoa sendo batizada: bebezinhos sem a capacidade de crer e nascer de novo. O batismo infantil tem o propósito errado: impor salvação ou bênçãos espirituais.
3. O Batismo infantil afirma ou implica que a salvação ou a bênção espiritual pode ser imposta através de ritual ou através da fé de outra pessoa.
Isto contrasta com Salmos 49:7-8. A Bíblia diz que todas as bênçãos de salvação são recebidas através da fé [pessoal, claro] em Jesus Cristo (Atos 15:8-11; 16:30-31, Ef 2:8-10; II Tim 3:15). Recebemos a vida eterna pela fé pessoal (Jn 1:12). Recebemos a justificação e a paz com Deus através da fé pessoal (Ro 5:1). Recebemos o Espírito Santo pela fé pessoal (Ef 1:12-14).
Isto contrasta com Salmos 49:7-8. A Bíblia diz que todas as bênçãos de salvação são recebidas através da fé [pessoal, claro] em Jesus Cristo (Atos 15:8-11; 16:30-31, Ef 2:8-10; II Tim 3:15). Recebemos a vida eterna pela fé pessoal (Jn 1:12). Recebemos a justificação e a paz com Deus através da fé pessoal (Ro 5:1). Recebemos o Espírito Santo pela fé pessoal (Ef 1:12-14).
4. O Batismo infantil implica em que a igreja pode impor a salvação e a bênção a quem quiser, independente da vontade ou fé do indivíduo.
Isto contrasta com Atos 8:36-37.
Isto contrasta com Atos 8:36-37.
“36 E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.” (At 8:36-37 BRP)
5. O Batismo infantil resulta em falsa segurança.
Multidões de pessoas que foram batizadas enquanto criancinhas crescem pensando estarem prontas para o Paraíso mesmo nunca tendo nascido de novo através da fé pessoal em Cristo. Eles estão confiando em seu batismo infantil e no fato de serem membros de suas igrejas. Eles são iludidos pelo ensino de suas próprias igrejas. “Este falso evangelho sacramental sempre impediu meus pais de me dizer que eu era um pecador e necessitava de um Salvador. Eles pensavam que eu tinha recebido a vida eterna no batismo. Afirmo enfaticamente haver milhões de Luteranos acreditando na mesma coisa em que meus pais acreditavam e no que fui ensinado e em que acreditei durante muitos anos. Fui salvo aos 45 anos, quando finalmente ouvi o verdadeiro evangelho e cri nele. Acreditamos que milhões de almas estão em enorme risco [de irem para o inferno] por causa desse falso ensinamento” (A Chamada Bereana, agosto 2001).
Multidões de pessoas que foram batizadas enquanto criancinhas crescem pensando estarem prontas para o Paraíso mesmo nunca tendo nascido de novo através da fé pessoal em Cristo. Eles estão confiando em seu batismo infantil e no fato de serem membros de suas igrejas. Eles são iludidos pelo ensino de suas próprias igrejas. “Este falso evangelho sacramental sempre impediu meus pais de me dizer que eu era um pecador e necessitava de um Salvador. Eles pensavam que eu tinha recebido a vida eterna no batismo. Afirmo enfaticamente haver milhões de Luteranos acreditando na mesma coisa em que meus pais acreditavam e no que fui ensinado e em que acreditei durante muitos anos. Fui salvo aos 45 anos, quando finalmente ouvi o verdadeiro evangelho e cri nele. Acreditamos que milhões de almas estão em enorme risco [de irem para o inferno] por causa desse falso ensinamento” (A Chamada Bereana, agosto 2001).
6. O Batismo infantil resulta em igrejas cheias de membros não regenerados.
Em algumas igrejas a criancinha se torna um membro imediatamente após a cerimônia de batismo. Em outras, a criança não é considerada um membro pleno, mas é admitida como membro em anos posteriores, sem ter mostrado evidência de regeneração. Da mesma forma, o batismo infantil resulta nessas igrejas cheias de membros não verdadeiramente salvos. Isso, é claro, destrói a igreja e é a causa principal da morte espiritual de muitas denominações protestantes.
Em algumas igrejas a criancinha se torna um membro imediatamente após a cerimônia de batismo. Em outras, a criança não é considerada um membro pleno, mas é admitida como membro em anos posteriores, sem ter mostrado evidência de regeneração. Da mesma forma, o batismo infantil resulta nessas igrejas cheias de membros não verdadeiramente salvos. Isso, é claro, destrói a igreja e é a causa principal da morte espiritual de muitas denominações protestantes.
7. O batismo infantil causa declarações falsas de alguns ministros oficiantes.
“Ele declara uma falsidade quando diz: ‘Eu o batizo’, porque ele não está batizando mas aspergindo. Ele declara uma falsidade quando diz: ‘A criança está regenerada e introduzida no corpo da igreja de Cristo! (Livro Anglicano da Oração Comunitária).’ As criancinhas não nasceram de novo nem são verdadeiros membros da igreja. Ele declara uma falsidade dizendo: ‘Aprouve a Deus regenerar esta criança com Seu Espírito Santo, recebê-la como Seu próprio filho por adoção, e incorporá-la à Sua santa igreja’. Nenhuma dessas coisas pode ser verdadeira para uma criancinha, e nada dessas coisas é concedida pelo batismo (Hiscox, Práticas para Igrejas Batistas).
“Ele declara uma falsidade quando diz: ‘Eu o batizo’, porque ele não está batizando mas aspergindo. Ele declara uma falsidade quando diz: ‘A criança está regenerada e introduzida no corpo da igreja de Cristo! (Livro Anglicano da Oração Comunitária).’ As criancinhas não nasceram de novo nem são verdadeiros membros da igreja. Ele declara uma falsidade dizendo: ‘Aprouve a Deus regenerar esta criança com Seu Espírito Santo, recebê-la como Seu próprio filho por adoção, e incorporá-la à Sua santa igreja’. Nenhuma dessas coisas pode ser verdadeira para uma criancinha, e nada dessas coisas é concedida pelo batismo (Hiscox, Práticas para Igrejas Batistas).
8. Não há salvação parcial ensinada nas Escrituras.
O batismo infantil ou salva verdadeiramente, ou de todo não salva. Muitas denominações que ainda praticam o batismo infantil acreditam que ele resulta em salvação parcial para a criancinha, e que ela pode mais tarde adicionar obras como o catecismo, a missa e a confissão para ser completamente salva. As seguintes passagens da Bíblia mostram que quando uma pessoa é salva, ela se torna completa e eternamente salva. As mesmas passagens revelam que essa salvação não ocorre através do batismo infantil, mas por uma fé pessoal em Jesus Cristo, com sincero arrependimento (II Cor 5:17; Tit. 3:5-7; Ef. 1:3-7; Rm. 5:1-2; Col 1:12-14; 1 Jn. 5:12-13).
O batismo infantil ou salva verdadeiramente, ou de todo não salva. Muitas denominações que ainda praticam o batismo infantil acreditam que ele resulta em salvação parcial para a criancinha, e que ela pode mais tarde adicionar obras como o catecismo, a missa e a confissão para ser completamente salva. As seguintes passagens da Bíblia mostram que quando uma pessoa é salva, ela se torna completa e eternamente salva. As mesmas passagens revelam que essa salvação não ocorre através do batismo infantil, mas por uma fé pessoal em Jesus Cristo, com sincero arrependimento (II Cor 5:17; Tit. 3:5-7; Ef. 1:3-7; Rm. 5:1-2; Col 1:12-14; 1 Jn. 5:12-13).
O QUE DEVEMOS FAZER POR NOSSOS FILHOS?
1. Os crentes podem se rejubilar no fato que seus filhos são santificados pelo relacionamento dos seus pais com Cristo (I Cor 7:14). Embora possamos não saber tudo que isso envolve, sabemos que (a) a passagem não fala de santificação por um batismo ritual. Nada aqui é dito ou em qualquer outra passagem do NT sobre a necessidade de batizar crianças antes de elas poderem partilhar da santificação dessa família. (b) As crianças são eternamente salvas se morrerem em infância tenra. O caso do filho de Davi ilustra isto. Após a morte do seu filho, Davi disse que ele um dia iria ter com ele (II Sam 12:22-23). Isto mostra a certeza de Davi de que o bebê estaria salvo com Deus. Se isto era verdade para os filhos dos santos do AT, certamente é verdade para o crente no NT. (c) Num certo momento na vida da criança, ela se torna pessoalmente responsável diante de Deus por seu relacionamento com Jesus Cristo. A Bíblia não diz em que idade ou momento isso ocorre, mas Jesus encoraja as crianças a virem para Ele (Lc 18:16) e ensinou a Timóteo as Escrituras como uma criança com o modo como pode ser salvo (II Tim 3:15).
2. Os pais devem se dedicar a treinar a criança no caminho de Cristo. Não é realmente a dedicação da criança que é essencial; é a dedicação dos pais. Os pais perdem seu tempo se dedicarem seus filhos a Deus numa cerimônia pública e falharem em instruí-los e discipliná-los no caminho correto. Façamos ambas estas coisas! Devemos oferecer nossos bebezinhos a Deus e pedir que Ele abençoe suas vidas e vamos cuidadosamente educá-los para Seu santo serviço.
David Cloud, Fundamental Baptist Information Service, do site http://solascriptura-tt.org/ em 22/02/2016
O batismo infantil foi praticado pela Igreja Primitiva?
Tradicionalmente, os defensores do batismo infantil (ou pedobatismo) alegam que sua prática remonta aos apóstolos. Entretanto, não há provas para essa afirmação. Não existe nenhuma evidência clara para o batismo infantil anterior ao terceiro século. Até mesmo a declaração de Agostinho de que o batismo infantil era um “costume firmemente estabelecido” na igreja está imprecisa. Tão tardios quanto os escritos de Agostinho (final do quarto e início do quinto século), muitos pais da igreja também não praticaram o batismo infantil ou nem mesmo eles próprios receberam o batismo até se tornarem adultos. Somente após a morte de Agostinho, no século V, poderíamos nos referir ao batismo infantil como um costume firmemente estabelecido.
Para entendermos essa questão precisaremos abordar dois aspectos:
(1) Nós devemos discutir qual foi o motivo para o batismo infantil criar raízes no terceiro século e tornar-se uma pratica generalizada por volta do quinto século.
(2) Nós devemos mostrar que o batismo infantil não era a prática dos cristãos primitivos no período entre a época dos apóstolos e o século III.
Entretanto, antes de fazermos essas duas coisas, devemos ter em mente a ideia principal que parece dirigir o argumento pedobatista ao longo da história: Se o batismo infantil foi uma adição tardia, então por que não houve controvérsia sobre sua introdução dentro das igrejas? A resposta a essa questão é dupla: em primeiro lugar, não há evidência clara do batismo infantil anterior ao terceiro século, e o pedobatista deve lidar com isso. Quaisquer discussões sobre a razão pela qual o batismo infantil veio à cena com pouca oposição registrada não obscurece o fato de que o batismo de crentes é a prática evidente antes do século III ― e o batismo infantil não é. Em segundo lugar, Tertuliano argumentou contra a introdução do batismo infantil, o que nós discutiremos em breve.
Agora, voltando ao aspecto (1), por que o batismo infantil foi introduzido no terceiro século? Sobre isso, há duas coisas que temos de discutir: primeiro, o sistema catecúmeno, e segundo, a questão da condenação infantil e a regeneração batismal. O sistema catecúmeno já estava estabelecido no início do século II. Nesse sistema, as pessoas se submetiam a um período de instrução depois da conversão e antes do batismo. Os primeiros pais da igreja colocaram tanta ênfase na instrução na fé como algo precedente ao batismo, que a maioria dos convertidos se submeteu a meses ou anos de instrução catequética antes de se batizar.
Muitos dos mais conhecidos pais da igreja submeteram-se a tais catequeses e não receberam o batismo até a maioridade, mesmo sendo filhos de pais cristãos. Isso inclui, entre outros, homens como Atanásio, Basílio, Clemente de Alexandria, Hipólito, Gregório de Nissa, Crisóstomo, Jerônimo e o próprio Agostinho. [1] Se o batismo de crianças era um costume desde o tempo dos apóstolos, certamente esses homens teriam sido batizados antes da idade adulta. No entanto, esses homens foram resultados do sistema catecúmeno. Eles foram catecúmenos que se submeteram a instrução na fé por muitos anos antes de serem admitidos no batismo.
Assim, dado esse contexto, como o batismo infantil veio a substituir o sistema catecúmeno? Foi simplesmente assim: As pessoas começaram a crer na errônea doutrina da condenação dos infantes e na regeneração batismal, o que logo se tornou comum nas igrejas.
Agora, analisando o aspeco (2), nós devemos lidar com as provas existentes, anteriores ao terceiro século, de que o batismo era administrado somente aos crentes e não aos infantes. [2] O melhor lugar para começar é na igreja primitiva do século II. Toda referência que nós encontramos na igreja do segundo século apresenta a confissão de fé como uma qualificação essencial para o batismo. [3]
A melhor e mais antiga fonte sobre o batismo de crentes é o Didaquê (ou “O Ensino dos Doze Apóstolos” A.D. 100-110). Este documento entra em mais detalhes sobre o batismo do que qualquer outro tratamento do século II. O Didaquê não estabelece apenas as qualificações morais para quem está prestes a se submeter ao batismo, mas também exige que o candidato ao batismo jejue por um ou dois dias. [4]
Paul K. Jewett pergunta, “como é que vamos explicar a omissão de qualquer referência ao pedobatismo neste manual primitivo sobre o uso adequado do batismo? É difícil imaginar tal omissão ocorrendo sobre a tutela de Católicos Romanos, Anglicanos, Luteranos, ou mesmo Presbiterianos, Metodistas ou congregacionais…. Não é, portanto, altamente implausível que o Didaquê tenha sido produzido por uma comunidade de Pedobatistas primitivos que apenas nada disseram sobre o batismo infantil?” [5]
Todas as outras referências ao batismo no século II rendem os mesmos resultados. Pedobatistas têm há muito tentado atribuir um sentido incorreto a Justino Mártir como se ele ensinasse o batismo infantil quando ele fala de “muitos homens e mulheres que, tornando-se discípulos de Cristo desde criança, permanecem incorruptos até os sessenta e setenta anos”. [6] No entanto, nenhum Batista negaria que se uma criança é madura o suficiente para ser um “discípulo de Cristo” ― e é um ―então ela pode ser admitida para o batismo. Longe de suportar o batismo infantil, o comentário de Justino Mártir suporta o batismo de discípulos.
Muitos autores pedobatistas, tais como Joachim Jeremias, têm dito que Irineu cria no batismo infantil, por causa de sua declaração (c. A.D. 180) de que, através de Cristo, pessoas de todas as idades são renascidas, incluindo infantes. [7] Entretanto, como argumenta Everett Ferguson, “Antes de nos precipitarmos em aceitar uma referência ao batismo infantil aqui, devemos ser cautelosos”. Ferguson argumenta que Irineu usa o termo “renascer” (renascor) para a “a obra de Jesus de renovação e rejuvenescimento concretizada pelo seu nascimento e ressurreição, sem qualquer referência ao batismo. . . . A vinda de Jesus trouxe um recomeço a toda a raça humana. Ele santificou todas as idades da vida. Aceitar sua renovação ao ser batizado é outra questão e cai fora do âmbito desta passagem”. [8] Essa é a interpretação padrão batista articulada por autores tais como Hezekiah Harvey and Paul King Jewett. No entanto, essa visão sobre Irineu é também compartilhada por pedobatistas como Kurt Aland. [9]
A medida que avançamos para o início do terceiro século, nós encontramos Tertuliano, que escreveu o primeiro tratado completo sobre batismo, De baptismo. Favorecendo fortemente o sistema catecúmeno, ele acreditava que as pessoas deveriam adiar o batismo até que elas fossem instruídas na fé por um longo tempo: “Por conseguinte, tendo em conta as circunstâncias e a vontade, até mesmo a idade de cada pessoa, o adiamento do Batismo é mais vantajoso , em particular, no entanto, no caso de crianças. . . . O Senhor, na verdade diz: ‘Não as impeçais de vir a mim’ (Mt 19). Que venham, então, enquanto elas estão crescendo; venham enquanto estão aprendendo, enquanto elas estão sendo ensinadas para onde devem vir; deixai-as tornarem-se cristãs, quando elas foram capazes de conhecer a Cristo. Por que se apressa a idade da inocência para a remissão dos pecados?” [10] Esta passagem mostra que Tertuliano écontrário ao batismo infantil, precisamente porque ele é a favor do batismo de crentes.
Batistas, é claro, concordam que o batismo infantil criou raízes no terceiro século. Pais da igreja como Cipriano, Orígenes e Agostinho o aprovaram. No entanto, Orígenes foi defensivo sobre o assunto, dizendo que o batismo de infantes “é uma coisa que causa frequentes questionamentos entre os irmãos”. [11] Essa declaração trabalha contra o argumento pedobatista de que ninguém protestou contra a introdução gradativa do batismo infantil.
Não há nenhuma evidência direta para a afirmação de que o batismo infantil era praticado nos primeiros dois séculos da igreja cristã. Pelo contrário, toda a evidência estabelece crentes como os únicos sujeitos aptos para o batismo antes do século III. Quando colocado ao lado dos dados do Novo Testamento sobre o batismo, isso demonstra que o batismo apostólico era para crentes somente.
Fonte: http://www.fwbtheology.com/was-infant-baptism-practiced-in-early-christianity/
Tradução/adaptação: Samuel Coutinho
Tradução/adaptação: Samuel Coutinho
________________________
[1] HARVEY, Hezekiah. The Church: Its Polity and Ordinances (Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1879; repr. Rochester, NY: Backus, 1982), 211; ARGYLE, A. W. “Baptism in the Early Christian Centuries,” inChristian Baptism, ed . A. Gilmore (Chicago: Judson, 1959), 187, 202-03, 208.
[2] Para um dos melhores e mais sucintos tratamentos da visão dos cristãos primitivos sobre o batismo, ver Paul King Jewett, Infant Baptism and the Covenant of Grace(Grand Rapids: Eerdmans, 1978). 13-43. Ver também Steven McKinion, “Baptism in the Patristic Writings,” em Thomas R. Schreiner e Shawn D. Wright, eds., Believer’s Baptism: Sign of the New Covenant in Christ(Nashville: B&H Academic, 1006), 163-88.
[3] Ver, p. ex., A Epístola de Barnabé (c. A.D. 120-130), o qual advoga o batismo de crentes somente: “Nós descemos para a água cheios de pecados e impurezas, e retornamos dando frutos em nossos corações, temor e esperança em Jesus no Espírito” (Ante-Nicene Christian Library, Apostolic Fathers, I, 121). Obviamente, infantes são incapazes de exibir este tipo de comportamento. Outro exemplo é encontrado no Shepherd de Hermas, escrito na metade do Segundo século. Hermas coloca o arrependimento como condição para o batismo (Jewett, 40).
[4] “Antes de batizar, tanto aquele que batiza como o batizando, bem como aqueles que puderem, devem observar o jejum. Você deve ordenar ao batizando um jejum de um ou dois dias” (Didache, 7.4).
[5] Jewett, 40-41.
[6] Citado em Harvey, 202.
[7] JEREMIAS, Joachim. Infant Baptism in the First Four Centuries. Tradução: David Cairns (Philadelphia: Westminster, 1962), 73.
[8] FERGUSON, Everett. Baptism in the Early Church: History, Theology, and Liturgy in the First Five Centuries (Grand Rapids: Eerdmans, 2009), 308.
[9] Harvey, 203-04; Jewett, 25-27; Kurt Aland, Did the Early Church Baptize Infants? Traduzido por G. R. Beasley-Murray (Philadelphia: Westminster, 1963), 58-59. Para um tratamento batista primitivo de Irineu similar a este, ver John Gill, Infant Baptism a Part and Pillar of Popery (Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1851), 22-23. Ver também “The Baptismal Question in the Light of Scripture and Church History,”Freewill Baptist Quarterly 26 (1859), o qual questiona, “Se o batismo infantil era praticado por Cristo e seus apóstolos e no primeiro e segundo séculos, não é extremamente estranho que nossos amigos pedobatistas não possam encontrar nenhuma prova disso, mas só essa passagem de Irineu, que, afinal, não diz nada sobre o batismo?” (128).
[10] TERTULIANO. Tertullian’s Treatises: Concerning Prayer, Concerning Baptism. Tradução: Alexander Souter (New York: Macmillan, 1919), 69.
[11] Citado em Jewett, 30.
Matthew Pinson – extraído do site http://deusamouomundo.com/ em 08/04/2015



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